segunda-feira, 18 de março de 2013

ARARIBÓIA - COBRA DA ÁGUA


Forte imponente de olhar fixo, posto está o guardião de Niterói em seu merecido local de destaque.
 Os franceses tomaram o controle da Bahia de Guanabara, Capitania do Rio de Janeiro em 1555, com ajuda dos índios Tamoios.
Com isso a tribo Termiminó que tinha como cacique o pai de Araribóia, perdeu suas terras e se retirou para Capitania  do Espirito Santo e lá iniciaram nova vida. Receberam influencias religiosas dos Jesuítas e ajudaram a expulsar alguns invasores.

Em 1556 a coroa portuguesa disposta a retomar a Guanabara, enviou O Governador Geral Mem de Sá para a missão de retomada. Para tanto ele veio muito bem armado e seguido de grande contingente de soldados altamente preparados, porém não conheciam as terras e seus atalhos como seus antigos habitantes. Então Mem de Sá resolve pedir ajuda a Araribóia que conhecia como ninguém cada palmo.
A esta altura Araribóia na havia substituído seu pai como líder dos Termiminós. Isso lhe proporcionou autoridade para reunir 8.000 indígenas profundos conhecedores das terras a serem reconquistadas.

Os Tamoios seguiam firme aliados aos franceses e teve início a grande batalha em parte inicialmente vencida por Araribóia seus homens e os portugueses. Só não foi completa devido a aliança dos franceses com os Tamoios, isto fez com que tivessem muita resistência causando ainda perigo a colônia.
Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá , o substituiu mantendo a mesma estratégia de fazer aliança com indígenas, o que deu muito certo porque saíram vitoriosos fato que não teria sido possível sem ajuda dos comandados de Araribóia.

Como gratidão a coroa portuguesa concedeu ao nobre Cacique um terreno em São Cristóvão próximo a Ilha do Governador antigas terras dos Temiminós de onde haviam sido expulsos como citado ao início.
Em 1573 mais um reconhecimento, ele recebeu de presente juntamente com a missão de proteger as terras das águas escondidas ''Niterói'' que representava o outro lado da Baía de Guanabara.
Iniciou-se então a vida da Cidade de Niterói.
Araribóia mais tarde se converteu a pregação dos Jesuítas e passou a se chamar Martin Afonso de Sousa em homenagem a um navegador português de mesmo nome

Existe uma lenda de que para se juntar aos portugueses na luta pela recuperação da Baía ele a teria atravessado a nado. Não encontrei fontes que afirmem isso todas dizem que se trata de lenda.
Mas tendo atravessado a nado ou não, o fato é que ele foi imprescindível para que hoje tenhamos nossa Niterói linda e crescendo. Por isso nada mais justo do que homenagear o  guardião que forte imponente e de olhar fixo está a guardar e proteger a cidade que fundou.

TEATRO POPULAR - CAMINHO NIEMEYER


O Teatro Popular construído a beira-mar foi mais um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer.
A ideia surgiu a partir da necessidade que havia de revitalizar a orla  da cidade.
Após a construção do MAC - Museu de Arte Contemporânea no bairro Charítas, iniciou-se a construção do Teatro Popular em um terreno de 72.000 metros quadrados no aterro da praia grande no centro da cidade. Após seguiu-se o plano de revitalização com várias outras obras ao longo da orla ligando os dois pontos MAC e T.P. Terminadas as primeiras obras deu-se ao complexo arquitetônico o nome, Caminho Niemeyer.




Ainda uma das obras do complexo está em fase de construção e as três últimas etapas estão por se iniciar completando-se então o projeto em dez etapas.
Pela ordem a primeira construção foi o MAC.
Após a praça JK.
O Memorial Roberto Silveira.
O Teatro Popular.
Estação Hidroviária em Charitas.
Fundação Oscar Niemeyer

As obras pendentes são
Museu Petrobrás de cinema
Torre Panorâmica.
Oscar Niemeyer Monumental.
Terminal Integração Multimodal.

Toda esta estrutura mesmo sem estar completa na totalidade já atrai grande número de turistas a Niterói. Não só pela beleza das construções mas também pela admiração que seu arquiteto desperta não só no Brasil mas em todo mundo.