Forte imponente de olhar fixo, posto está o guardião de Niterói em seu merecido local de destaque.
Os franceses tomaram o controle da Bahia de Guanabara, Capitania do Rio de Janeiro em 1555, com ajuda dos índios Tamoios.
Com isso a tribo Termiminó que tinha como cacique o pai de Araribóia, perdeu suas terras e se retirou para Capitania do Espirito Santo e lá iniciaram nova vida. Receberam influencias religiosas dos Jesuítas e ajudaram a expulsar alguns invasores.
Em 1556 a coroa portuguesa disposta a retomar a Guanabara, enviou O Governador Geral Mem de Sá para a missão de retomada. Para tanto ele veio muito bem armado e seguido de grande contingente de soldados altamente preparados, porém não conheciam as terras e seus atalhos como seus antigos habitantes. Então Mem de Sá resolve pedir ajuda a Araribóia que conhecia como ninguém cada palmo.
A esta altura Araribóia na havia substituído seu pai como líder dos Termiminós. Isso lhe proporcionou autoridade para reunir 8.000 indígenas profundos conhecedores das terras a serem reconquistadas.
Os Tamoios seguiam firme aliados aos franceses e teve início a grande batalha em parte inicialmente vencida por Araribóia seus homens e os portugueses. Só não foi completa devido a aliança dos franceses com os Tamoios, isto fez com que tivessem muita resistência causando ainda perigo a colônia.
Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá , o substituiu mantendo a mesma estratégia de fazer aliança com indígenas, o que deu muito certo porque saíram vitoriosos fato que não teria sido possível sem ajuda dos comandados de Araribóia.
Como gratidão a coroa portuguesa concedeu ao nobre Cacique um terreno em São Cristóvão próximo a Ilha do Governador antigas terras dos Temiminós de onde haviam sido expulsos como citado ao início.
Em 1573 mais um reconhecimento, ele recebeu de presente juntamente com a missão de proteger as terras das águas escondidas ''Niterói'' que representava o outro lado da Baía de Guanabara.
Iniciou-se então a vida da Cidade de Niterói.
Araribóia mais tarde se converteu a pregação dos Jesuítas e passou a se chamar Martin Afonso de Sousa em homenagem a um navegador português de mesmo nome
Existe uma lenda de que para se juntar aos portugueses na luta pela recuperação da Baía ele a teria atravessado a nado. Não encontrei fontes que afirmem isso todas dizem que se trata de lenda.
Mas tendo atravessado a nado ou não, o fato é que ele foi imprescindível para que hoje tenhamos nossa Niterói linda e crescendo. Por isso nada mais justo do que homenagear o guardião que forte imponente e de olhar fixo está a guardar e proteger a cidade que fundou.